Crescer: Idade e Comportamento

A educação enquanto tiver como finalidade formar homens e mulheres de virtudes tem o ambiente familiar e a sociedade como base.
O que ensinamos como pais (em palavras) nada é ou será se não tiver a prática como fundamento. Colocando de forma mais simples, temos que educar as crianças e mostrá-las como comportar-se, pois como bem sabemos elas aprendem mais pela imitação e repetição.
Se a preocupação em casa é pelo supérfluo, onde a mãe preocupa-se simplesmente em passar o dia a tirar fotos de roupa e de forma provocante, fofoca com as amigas e fala de qualquer maneira, berra facilmente com os vizinhos, esse será o futuro da filha, na medida em que ela verá esse comportamento como normal; da mesma forma aplica-se ao pai, que sua maior preocupação é com a bebida (em casa), porque longe dos filhos (nos bares) vá lá!!! Mostra-se preocupado em agradar as "meninas", que o filho vê sempre a saírem do carro de seu pai. Esse é o padrão que será desenhado no intelecto das crianças. Entretanto, esses são pequenos exemplos do que muito impacta no futuro das crianças...
Quando as coisas saem o oposto daquilo que ensinamos (teoria e prática), as vezes é porque deixamos de estar presente como deve ser, delegamos nossos deveres à escola e esquecemos que ela é um ambiente que reúne pessoas de vários grupos sociais e comportamentais (descontraídos, tímidos, sérios, largados, etc). Esquecemos também que, infelizmente, muitos professores só preocupam-se em dar a matéria e cumprir seu programa.

"A escola é local de instrução para exercer a cidadania (trabalhar, votar, etc) e a família forma o homem no sentido da humanidade e não como instrumento...".

O crescimento não é ditado pela idade, pelo número de filhos e nem pelo que temos como propriedade. É tão óbvio como vemos pessoas de considerada idade comportando-se como "novos", pessoas mais novas com comportamento excepcionalmente maduro.
Enfim... O comportamento aliado aos planos e realizações é que determinam o crescimento dos indivíduos, claro que nem sempre conseguimos realizar nossos planos e sonhos, porém somente o esforço incomensurável pela tentativa é que faz valer nossa maturidade, isso porque como homens numa sociedade com suas complexidades, não temos as mesmas oportunidades...

A Maria cresce sabendo que as mulheres devem ficar em casa dependentes dos "maridos" e que o mais importante é que eles satisfaçam seus desejos a todo custo e que se não o conseguirem não prestam e deve procurar-se outro. João por sua vez cresce sabendo que mulher é objecto de homem e que elas são muitas, por isso pode trocar quando bem entender, bastando com isso que exerça seu poder (dinheiro). Mas e daí, podes comprar afecto para sempre? E quando não tiveres mais vigor? Quando a beleza acabar é quando vais lembrar de amar e procurar ser amada (o)? Estamos a ensinar gerações para "terem" e não para "serem"; ensinamos a intolerância, o preconceito, favorecemos o elitismo, pois não se justifica que em festa de crianças exista uma ala VIP...
Já dizia o ditado popular: "é de pequeno que se torce o pepino", pois para construir-se um amanhã risonho há que trabalhar muito no hoje, princípio que se negligencia e considera-se irrelevante. Aqui em África quando as coisas não dão certo no futuro, começa-se a procurar por culpados "exteriores", havendo acusações aqui e acolá de feitiçaria. "Feiticeiro são seus actos de indiferença, de negligência, de fugir dos deveres maternos e paternos, delegando e por vezes alienando aos outros para dar amor, atenção, carinho e educação (valores morais e cívicos).
Continua...
Por Arnaldo Sumbane

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