Dona Sandra e o Orgulho Excessivo

A DONA SANDRA E O ORGULHO EXCESSIVO!

A dona Sandra era uma comerciante bem sucedida, influente e com um património invejável (casas, carros, empreendimentos, etc). Só tinha um e único problema, faltava-lhe em humildade o que lhe sobrava em orgulho, tratando mal as pessoas, seus vizinhos e principalmente seus clientes como se fossem meros objectos ou mesmo um "nada", esquecendo que esses são a sua maior riqueza em relação à tudo que conseguiu até hoje.

Um dia Pedro foi a um dos supermercados de dona Sandra, onde esta atende pessoalmente, ele era um cliente assíduo, que nunca fez "vale" (dívida), no tal dia fez compras que totalizando davam um valor de 3950 meticais, porém Pedro não dispunha desse valor, tinha consigo apenas 3900 meticais... A dona Sandra nem quis saber, mandou devolver produtos até ele acertar naquele seu valor de 3900 meticais, assim procedeu ele, mas deixou o seguinte desabafo: "Dona Sandra, o seu orgulho e falta de consideração ainda vão espantar-lhe os clientes", ao que ela respondeu: "Pfutseka wena, tenho dinheiro eu, não preciso de ti e nem de mais ninguém..."

Um ano se passou, o comércio da dona Sandra já não era o mesmo, estava a cair, seus antigos clientes fiéis eram agora clientes fiéis da dona Júlia, uma senhora simpática, humilde e compreensiva (também bem sucedida). A dona Sandra, já mal conseguia pagar suas contas com fornecedores, banco, Conselho Municipal, água e luz, etc. Já era uma "coitada" cheia de arrependimentos.

Este é o espelho de muitas pessoas que crescem na vida, mas depois esquecem as pessoas com as quais cresceram e conhecem outras que as desviam do caminho certo e voltam para "estaca zero". Pois é, dona Sandra esqueceu-se de um detalhe importante na sua jornada: que para a existência do seu negócio precisava das pessoas, na verdade seus clientes eram seu "patrão", sem eles não há vendas, sem vendas não há lucro e sem lucro não há conforto (carros, casas, empreendimentos, etc). Isto pode acontecer em muitas situações, numa relação conjugal, no trabalho, na escola, entre outras.

O orgulho de muitos faz com que deixem os amigos porque são pobres, mesmo que seja esta a proveniência destes, tendo sido estes pobres que os acompanharam e motivaram para que fossem o que são hoje; faz com que deixem seus cônjuges (marido ou mulher) porque "não estão no nível" para serem desposados por estes, mas antes eram perfeitos, esquecem que uma relação sólida se dá por crescerem juntos. pessoas perdem-se e ficam sozinhas pela ilusão de grandeza, de serem intocáveis por ter "posses", mas quando as coisas "apertam" recorrem aos que desprezavam, pois aos que davam "valor" só queriam saber do que estas pessoas tinham. Estas precisam de consulta urgente com os antepassados (Kuphahla), psicólogo ou terapeuta para voltarem à essência da humaniade.
 

- A vida é um instante;

- Você sempre vai precisar dos outros em sua vida;

- Quem não precisa é aquele que já se encontra no descanso eterno.